No final de 2013, tive a felicidade de ver publicado pela Revista Valise, do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), um artigo escrito por mim sobre a obra do escultor britânico Antony Gormley, que em 2012 teve mostra retrospectiva de seus trabalhos exposta no Centro Cultural Banco do Brasil (Rio e São Paulo).
No link abaixo, o artigo:
Na ocasião da mostra, fiquei impressionado com a capacidade da obra do escultor de mobilizar a cidade com suas esculturas. Isto porque muitas delas eram instaladas ao ar livre, em pontos urbanos de extrema circulação, buscando chamar o indivíduo à percepção de seu corpo (e anatomia) na interação do primeiro com o espaço, nas mais variadas posições e possibilidades. Buscando um diálogo entre o que chamei de "corpos-escultura" com o dramático (minha área mais imediata), fui instigado por matéria do jornalista Gilberto Scofield Jr. para o Jornal O Globo, e tracei uma relação entre um sentido possível de dramático nas obras do escultor britânico e o conceito "teatro pós-dramático" (proposto pelo teórico teatral alemão Hans-Thies Lehman). O trabalho foi também oportunidade para perceber interações históricas entre a escultura e poéticas do dramático, como o drama burguês (do século XVIII, período em que escultura e drama partilhavam a predominante visão ligada à então emergente classe burguesa da narrativa e de uma temporalidade linear e ascensional).
A mostra foi, sem dúvida, uma das exposições mais marcantes a que já assisti, e a obra de Gormley passou a fazer parte das minhas principais referências de arte contemporânea.

O criador em meio a seus "corpos-esculturas"
Fonte: http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/art/news/modern-public-artworks-are-crap-says-gormley-this-is-how-it-should-be-done-791922.html
Fonte: http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/art/news/modern-public-artworks-are-crap-says-gormley-this-is-how-it-should-be-done-791922.html
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