quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Verso para Daniela

Meu verso para ela
é verso onde ela possa dançar.
Um pedaço de chão repleto de brilho.
Assim é a teia de palavra, poesia
na qual ela possa lançar-se, cair.

Meu verso,
Porque seu rosto fora desenhado
senão para ela sorrir,
O pranto não admite:

É só corpo valsando tema não triste

Allegro, Allegreto
Vivace, Minuetto
Prestíssimo, talvez – ma non tropo

fazendo do poema, dela refúgio,
uma fuga, uma rapsódia
uma canção.

A necessidade de beleza dela
que ora aqui impera
cura o poeta,

o mesmo que, estendendo o poema feito um tapete,
sobre o qual além dela bailar distintamente
possa ela mais que simplesmente caminhar...
possa existir, possa viver...

Meu verso para ela – Daniela -
é verso onde possa dançar
atuar
representar (o seu papel)
com sua pele macia
e seus pés delicados
tal qual bailarina.

Izak Dahora

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