sábado, 26 de julho de 2008

Ainda Ela!

Uma semana após a morte do mito Dercy Gonçalves, presto aqui minha humilde homenagem. Quando nós, artistas - principalmente os mais jovens -, tomamos ciência das dificuldades enfrentadas por essa pessoa para dar vazão à sua verve artística, é consideravelmente elevada a nossa força de seguir adiante, lutando incansavelmente pelo nosso espaço. Pois se hoje a caminhada é difícil, certamente um dia já foi bem mais. Quando atuar era visto como ato marginal, por exemplo, lá ia o furacão de irreverência e inteligência cênica, fundando, ao longo de mais de sessenta anos, toda uma escola do improviso e do riso no teatro brasileiro. Dercy driblou as dificuldades da vida e da profissão e viveu mais de cem anos com consciência e sabedoria - a sabedoria que só acompanha os que têm humor! Em minha mente ficarão especialmente as imagens dos filmes das chanchadas dos anos cinqüenta e sessenta que tanto gosto. E chanchada é imediatamnte sinônimo de Oscarito, Grande Otelo, Zé Trindade, Ankito... e Dercy!

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