segunda-feira, 28 de julho de 2008

Revivendo a figura!!


Nesta terça, 29/07, vai ao ar uma participação minha em Toma Lá Dá Cá. Tudo por conta de um "sururu no matagal" inventado por Copélia, personagem de Arlete Salles. A diretora Cininha de Paula me chamou para reviver o Saci, já que a história vai tratar de alguns mitos e seres da floresta na forma sempre irreverente do programa de Miguel Falabella. Minha aparição, bem típica do personagem mesmo, vem com direito a redemoinho e tudo!, e vai ser bem ao fim do episódio. Foi uma sensação a um só tempo mágica e estranha chegar no camarim pra vestir aquele personagem novamente, aquela jardineira vermelha... Uma emoção que não imaginava mais repetir - a de estar como Saci em cena! Foi "mara"! Espero que gostem!

sábado, 26 de julho de 2008

De novo!!!


Mais uma vez - e agora com foto! - venho registar aqui o prazer que tive com o elenco de Alimentação Fora do Lar, série para a Tv Futura, meu trabalho mais recente. Aliás, sobre esse assunto já até escrevi texto bastante entusiasmado em 22/07. Pode conferir!

Ainda Ela!

Uma semana após a morte do mito Dercy Gonçalves, presto aqui minha humilde homenagem. Quando nós, artistas - principalmente os mais jovens -, tomamos ciência das dificuldades enfrentadas por essa pessoa para dar vazão à sua verve artística, é consideravelmente elevada a nossa força de seguir adiante, lutando incansavelmente pelo nosso espaço. Pois se hoje a caminhada é difícil, certamente um dia já foi bem mais. Quando atuar era visto como ato marginal, por exemplo, lá ia o furacão de irreverência e inteligência cênica, fundando, ao longo de mais de sessenta anos, toda uma escola do improviso e do riso no teatro brasileiro. Dercy driblou as dificuldades da vida e da profissão e viveu mais de cem anos com consciência e sabedoria - a sabedoria que só acompanha os que têm humor! Em minha mente ficarão especialmente as imagens dos filmes das chanchadas dos anos cinqüenta e sessenta que tanto gosto. E chanchada é imediatamnte sinônimo de Oscarito, Grande Otelo, Zé Trindade, Ankito... e Dercy!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

ESCAVANDO O ÓBVIO: reflexões um tanto radicais e não-definitivas acerca de um grande tema!

...o ser original, então, nada mais é do que aquele que descobre o que já foi descoberto, aquilo que já está aí há muito e desde antes de nós. o ser original é então aquela figura adulada por prêmios internacionais pelo mero ignorar, ameaçando, e por fim derrocando a mediocridade sempre sonhadora do mundo através da escavação dedicada do simples e da potencialização do óbvio. Basta um átimo de consciência histórica: quando olhamos para os gregos antigos, ou mesmo para os egípcios ou para os maias, astecas e incas, constatamos que muito do que julgávamos ser fruto desse tempo já foi feito há muito mais tempo. astronomia, matemática, urbanização...
se não me falha a memória, o velho nelson (rogrigues) tb falava algo parecido com isso ("escrevo para enxergar o óbvio"). ia ele, a meu ver, até bastante longe quando dizia que para se ser um grande homem enquanto inteligência, bastava a leitura continuada de um único livro por toda a vida, pois tudo estaria ali, naquelas únicas páginas.
mas todo esse papo cabeça muito tem a ver com o ofício do artista - pelo menos eu acho e era aí onde queria chegar. o convencimento e a opção de que o simples é o caminho para se atingir a flor da sensibilidade e de que o meio econômico de técnica e emoção são os canais para que nossos corpos de atores, bichos-de-teatro, sejam atravessados pela grande arte nos seus instantes de presença generosa - e não nós nela, como já dizia Stanislavski.
nós nascemos e as idéias já estavam aí. é platônico isso! o que temos a fazer, portanto, é experimentá-las! Elas - e a própria vida - não nos pedem para serem deletadas e para o lugar delas criarmos outras. Não precisamos ser os Originais ou mirabolantes, isso deixemos para os cientistas que trabalham ardorosamente à busca da fórmula contra o câncer, contra a aids... - se é que essas fórmulas já não estão dispersas na natureza, só que de forma oculta. se até os sentimentos aqui já estão e não mudam ao longo dos tempos, e se repetem repetem repetem, ai ai o amor!, cabe a nós artistas, atores, buscarmos entendermos a vida, cada dia, sem a arrogância e a presunção de inventar. nosso trabalho deve ser, então, me parece, procurar a chave - se grande ou pequena não sei - que nos dará o acesso à revelação das profundezas do ser(momento de revelação esse não absoluto ou definitivo, é claro, mas que toca e muitas vezes avassala o humano). e não deixaremos de ser criadores ou seremos menos criadores por causa disso.
...
talvez a utopia dos dias atuais seja andar para frente, mas sem a presunção inoculada pela ciência e pela tecnologia que só fazem ver o presente o futuro, quando há tb um passado imensamente rico. e criador.
*o texto acima já foi registrado em cartório e está, portanto, sob proteção de direitos autorais. qualquer reprodução pode ser rigorosamente penalizada por Lei.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Ontem, finalizei junto à toda equipe a série Alimentação Fora do Lar para a Tv Futura. Foi um prazer de vinte dias! Aliás, uma das grandes maravilhas de ser ator é a de poder estar com atores quando dos momentos anteriores à própria cena. E o elenco era maravilhoso!! Pitty Webo, Ilya São Paulo, Regina Sampaio, Adriana Rabello...E ainda houve o meu reencontro profissional com o grande amigo de Sítio do Picapau Amarelo, Cândido Damm - recordamos muitas histórias dos anos de Saci(eu) e Visocnde (ele). Além de tudo, pude passar pela direção sensível, inteligente e cinematográfica de Marco Altberg. A série aborda, de maneira levemente didática, com auxílio de dramaturgia e de inserts documentais, como se montar e fazer crescer com organização e responsabilidade um negócio do ramo de bares e restaurantes. Eu interpretei "Tom Cruise", um jovem engraxate, que acaba tendo sua escensão social ao tornar-se garçom. Tive de fazer laboratório com um maître para a virada do personagem!! Adorei o papel - muito pra cima, divertido e lutador. E inspirador tb! É isso aí!