Certos mitos são efêmeros.
Passam por nós com a fugacidade de um cometa,
vivem como que dez anos a mil
e deixam a todos na mais vasta orfandade:
todos uma legião de séquios
a chamar Humanidade.
Mas para isso – a falta
dotou Deus o homem da memória
para a contemplação eterna do grande,
para a saudade desmesurada e infinita
de mesmo quem ao mito não assistiu.
Seres que elevam a alma do mundo.
Seres que numa encruzilhada de entantos e entretantos,
desvelam suas vidas em entreatos
meros hiatos que o Destino, tirano e trágico,
traga para um fundo silencioso
e opaco de mistério.
E para o cumprimento da tarefa hostil
que é, por vezes, viver,
restou a fé
– paz exclusiva aos de corações desarmados,
estranha e mágica energia de crer
na força desses Invisíveis presentes.
Izak Dahora – 04/07.
Um comentário:
Nossa Izak,você escreve muito bem. Parabéns.
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São pedaços meus...sentimentos que procuro transcrever para quem quiser ler.
Lays Caminha.
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