quinta-feira, 11 de março de 2010

Em teus braços como nunca dantes

O que é que tu dirias
Se dissesse agora
Que te amo?
Que me amas, em resposta?
Ou a volúpia da caprichosa alma feminina
Omitiria o teu segredo?
Saiba, amor,
Hoje, teu silêncio
É meu degredo.
Mas minha nau
Independente da tua resposta singular
Precisa partir – e rumo a mundos distantes...
Porém, não minto, muito mais feliz
Se, ao meu apreço, consoante
Dentro dela tu fosses.
E então com a fúria de nossa paixão,
Ela, agora nossa nau, muito mais pronta
A vencer moinhos, tormentas, batalhas cruentas,
A cruzar os mares,
Contornar périplos
E atingir enfim a façanha
do nosso Novo Mundo:
um mundo de sonhos e carícias
erguido a suor e sangue do meu, do nosso corpo.
E sendo então a nossa vida assim,
Mastrearia eu flâmulas
com tua face e nome.
À qual vivacidade o mundo em oceano nunca destoa
Meu leme, minha gávea, minha proa.

(Izak Dahora)

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