sexta-feira, 26 de março de 2010


A(mar)

o que fazer do amor
se o amor traz dentro de si um mar
que nós, mesmo no após de carmas e milênios
insistimos naufragar?
mar de suicidas.
amar: um decreto.
amar verbo intransitivo, inconsequente e indiscreto.
o amar no corpo lugar onde se reza,
a paz, a plenitude, a linha de chegada,
a chaga.
a embarcação a rebentar num porto qualquer e seu cais.
Veneza, venéreas, carnavais.


(Izak Dahora)

quinta-feira, 25 de março de 2010

O poeta menor e seus nenúfares.



E não é que há duas semanas, já escoadas junto das águas do mês de março, foi o Dia Nacional da Poesia? (Surpresa, espanto, perplexidade!). Numa época em que se reafirmam gêneros e suportes literários pseudo-objetivos e imediatos (twitter, a nova onda), em que se parece decretar o fim de formas tradicionais como a poesia e até mesmo o romance, saber disso é, sim, algo digno de nota. Mais ainda descobrir que alguém esperou a chegada deste dia e a celebrou no calendário.

Este alguém não fui eu e, não fosse João Ubaldo – assim falando parece até que somos íntimos do famoso "Chá das cinco" -, em sua crônica do último 14, um domingo, eu jamais saberia da existência da data.

Recebi ainda agora a notícia com muito contento, quase euforia. Digo "ainda agora", pois a leitura da crônica acabou ficando para depois de quando deveria ser. Leitor alucinado, ando sempre atulhado de coisas para ler e, endividado eterno com as letras, vou empilhando os jornais pelos cantos do quarto. (Com o tempo descobri que para matar a ansiedade de ler todos os poemas e romances e contos e etc fundamentais, clássicos ou contemporâneos, preciso ser anárquico: ler tudo ao mesmo tempo. Então, é claro que posso me pegar lendo uma crônica sobre um grande ato político, por exemplo, uns dez dias após a realização do evento. Eu sei, trata-se de uma patologia).

E digo que fiquei em "quase euforia" pelo fato de ser mais um a me arriscar na escrita aqui dos meus versinhos. Ora herméticos ora insossos são meus e eu os estimo. E saber do Dia Nacional da Poesia (com maiúsculas!) fez-me sentir parte desse balaio.

Mas não sei se me chamaria um poeta. Nem sei se me pretendo a tanto – pelo menos não com a rigorosa pompa com que sempre foram tratados os poetas. Diria que sou um poeteiro, uma versão degradada das grandes figuras imortalizadas e repetindo em mim, por uma força maior que me move, aquela mesma alma errante, fascinada pela mulher amada e distante, pelos mistérios insolúveis da existência e de um forte que de nostalgia embriagando-me o ser de pretenso boêmio.

Nesta crônica, então, assumo-me como poetastro que sou (um trava-língua existencial) mas não vou transcrever aqui nenhum dos meus versos. Não lhes darei o gosto amargo da minha mediocridade (que agora a lucidez brazcubiana me faz sintetizar) ou o doce sabor, delicioso e deliciante, de um escasso momento de possível glória literária.

Eu, que já passei dos vinte anos, ainda não morri, seja por tuberculose ou causa similar, e não tenho sífilis, talvez por fugir de todos esses clichês românticos jamais serei um grande poeta, segundo os célebres moldes, como lembra João Ubaldo no seu texto. Mas o mundo e o Brasil de hoje não querem mesmo saber de poetas! Sigo na clandestinidade.

Contudo, e ainda que atrasado, meus contidos parabéns a mim e a todos os poetas!
Obrigado por lembrar-me disso, João Ubaldo!


P.S.: Você deve estar se perguntando que relação tem com o texto acima aquele "nenúfares" no título, não é mesmo? É que meu "amigo" João Ubaldo falava em sua crônica de nenúfar, nome exótico, atraente e de aparência culta, com que batizou um malogrado poema sem sentido de sua autoria que escreveu na juventude – nem sabendo o que aquilo queria dizer, mas empolgado pela sonoridade da palavra. Só que o baiano danado não revelou o significado do termo na sua crônica. Lançou o desafio e fui, então, ao Aurélio: planta ninfeácea (erva aquática) de belas flores, como a vitória-régia.

Eu também já escrevi os meus "nenúfares" sem-sentido. Vários, aliás.



Izak Dahora

segunda-feira, 15 de março de 2010

A fingida dor da atriz


A Revista O Globo, suplemento do jornal homônimo, publicou no último dia sete deste mês uma entrevista que muito me instigou (e continua instigando). Nem preciso dizer que o foi em função de tocar com agudeza e profundidade o trabalho do ator e a construção narrativa – questões que me muito me suscitam interesse e prazer (pessoal, intelectual e profissional).

O entrevistado era Eduardo Coutinho, diretor de Cabra marcado para morrer, Edifício Master e Santo Forte, dentre muitas outras contribuições fílmicas importantes e decisivas no aperfeiçoamento da linguagem do documentário no Brasil. Seu trabalho, junto ao de sua equipe, é respeitado, premiado e dispensa comentários adicionais.

Pois bem, a repórter Luciana Pessanha concentrou suas perguntas nos dois últimos documentários de Coutinho e este foi o eixo da sua entrevista. O entrevistado proporcionou o que considero uma preciosa luz no pensamento da construção cênica. Ele, que, apesar de já ter incurscionado no início da carreira pela ficção, até por estar hoje em dia, digamos, "do lado de lá" da elaboração e da reflexão ficcional, revelou nuances que, por vezes, "nós" que "estamos do lado de dentro", custamos a perceber ou, simplesmente, não percebemos. Mas é evidente que um documentarista – o qual lida constantemente com histórias, fatos e versões – domina em seu vocabuário e em sua gramática noções e termos que fazem também o dia a dia dos atores, diretores de teatro, dramaturgos, roteiristas e cineastas. Que dirá um documentarista do calibre de Coutinho.

O primeiro ponto da entrevista que me provocou, no melhor dos sentidos, foi logo na terceira resposta, depois de o diretor ser questionado sobre o que investigava em termos de linguagem ao escolher a participação de atrizes para encenarem depoimentos reais. Daí, ele afirmou a convicção (gerada a partir da longa experiência com o público) de que, no ato de narrar histórias, a forma como se conta sobrepõem-se ao que é contado, instaurando toda uma sintaxe, um vocabulário e uma expressividade particulares de quem narra. E independente de o conteúdo ser "verdadeiro" ou "falso", dada também a complexidade de se aferir o que é verdade e o que é mentira – e por parte do próprio narrador, ele indica -, pois tudo o que se conta e se transmite tem a ver – além da consciência e do interesse particular de cada um -, com a instância da memória, seu inverso natural que é o esquecimento, e o inato poder de invenção (advindo da imaginação humana). Ou seja, narrar é todo um processo demasiado amplo e sensível e, que conta, inevitavelmente, com a representação.

E isto pode ser assustador, porém absolutamente aceitável quando pensamos que até para convencer um amigo, quanto a qualquer narrativa que seja, numa conversa banal de botequim, a gente prescisa recorrer a técnicas da interpretação, da representação, para que sejamos "compreendidos" – ou para que , no mínimo, achemos que nos fizemos entender.

Uma de suas muitíssimas entrevistadas ao longo do tempo, uma garota de programa, ofereceu o que o próprio Coutinho considerou a própria definição de documentário: que seria em outras palavras, uma mentira dita com o peso de uma verdade. "(...) Disse que inventou uma avó, mas tinha que contar muito bem a história, até que passou a acreditar que tinha avó (...)".

São muitos os psiquismos da nossa mente humana!

Segue Coutinho:

"Por que então não ter atrizes, se as histórias são tão produto do imaginário? Ninguém é dono da sua história (frase que serviu de título à matéria). A dor da atriz é fingida, e é melhor do que a sua. Isso socializa a fala, que é de todo mundo e de ninguém".

Por isso a gente se arvora na arte de contar histórias, por isso a gente interpreta e é ator, por exemplo. Porque isso nos preenche um vazio que é da condição de humano.

Parafraseando o título de uma peça, e agora filme, ambos com direção de Cristiane Jathahy, trata-se uma "falta que nos move" (o subtítulo do filme é "Ou todas as histórias são ficção"). Precisamos de histórias (além de outras coisas, claro) e "pedimos" para sermos reabastecidos, simultaneamente ao movimento de também reabastecermos os outros de narrativas.
Por isso leio avidamente a Odisséia, de Homero, e em meio a sucessões de trechos absolutamente "fantásticos" (aos olhos real) persisto interessadíssimo na leitura, porque há alguma coisa naqueles mitos (na verdade muitas) que encerram humanidade. Eis aquele velho processo da identificação. Aquelas cenas que já foram contadas e recontadas por muitos ao longo dos séculos - distorcidas, aumentadas etc - investem-se de exemplaridade por conta dessa capacidade de aglutinação, dessa pluralidade humana, dessa aproximação com o outro e são, por isso,"melhores" que, de repente, uma versão pretensamente objetiva e ultra-individual acerca de um fato. Uma versão imaginada, ficcionalizada, que é mais verdadeira que a própria verdade. Os poetas, doces marginais, estão por aí desde sempre recontando a "História".

"A dor da atriz é fingida, e é melhor do que a sua". Carrego obssessivamente esta frase comigo e, desde a primeira leitura que fiz - em que normalmente não se pode ainda aprofundar as questões, ela me inquieta. Tanto que algo fez com que eu imediatamente a ligasse no meu cérebro ao poema Autopsicografia de Fernando Pessoa:

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
(...)

Detalhe: psicografia, que, segundo o verbete de Aurélio Buarque de Holanda, quer dizer, numa das definições possíveis, "descrição dos fatos da mente".

O outro ponto que me causou aquela coceirinha na inteligência e me fez ler e reler por diversas vezes a mesma resposta foi no trecho em que Coutinho relembra o documentário Jogo de Cena na atuação de Fernanda Torres – excelente atriz! - e fala de um momento de impasse da intérprete durante o processo. Impasse que teria sido causado pela busca da intérprete em falar de maneira igual à uma das pessoas que tivera seu depoimento colhido pela equipe do documentário e que lhe servia de texto. Coutinho pediu, então, para ela não buscar esse mimetismo e, com isso, a atriz teria ficado desnorteada, dizendo não saber onde estava em termos de lugar da fala, de ponto de vista, que em sua visão, a princípio, não deveria ser o seu. E ao que tudo indica, Coutinho queria que ela se apropriasse da fala como se fosse sua, desconstruindo, assim, o tradicional processo de construção do ator.

O resultado do trabalho de Fernanda foi elogiadíssimo - como aliás suas atuações costumam ser - mas pensando sobre seu suposto momento de dificuldade, digamos que tenha sido um movimento meramente natural de todo ator (e me incluo nisso!) de representar, de encontrar um distanciamento para uma voz que vai se revelar: a do personagem. Um procedimento que ocorre com praticamente todas as pessoas quando se colocam no lugar de narrador, aliás.

Lendo e relendo a matéria, às vezes fico sem saber direito ainda o nível exato de correlação possivelmente existente entre o conteúdo da matéria e o poema de Pessoa – você que me lê, pode me ajudar! -, mas me parece haver um ponto de encontro nítido, feliz e muito mais denso do que parece. O poeta descreve não só o fazer do poeta – e isto escrito por um extraordinário criador de heterônimos que ele foi -, como também o processo comum de todo artista, que é desafiado neste documentário intrigante e instigante de Coutinho. E eu nem o assisti ainda!

Os tais momentos da entrevista que tentei trazer aqui - e que provocaram na minha mente pequenas reflexões-síntese que elaborei abaixo - ao fim e ao cabo muitos já elaboraram e, certamente, de maneira muito melhor. Ei-los:

A verdade é antes do que é ou possa ser, factualmente, a verdade, aquilo que se sente verdade. E a experiência da arte favorece imensamente tal raciocínio.

Transformam-se os suportes (oral, impresso, livro, blog...) mas a necessidade humana de histórias permanece.


Izak Dahora

quinta-feira, 11 de março de 2010

Em teus braços como nunca dantes

O que é que tu dirias
Se dissesse agora
Que te amo?
Que me amas, em resposta?
Ou a volúpia da caprichosa alma feminina
Omitiria o teu segredo?
Saiba, amor,
Hoje, teu silêncio
É meu degredo.
Mas minha nau
Independente da tua resposta singular
Precisa partir – e rumo a mundos distantes...
Porém, não minto, muito mais feliz
Se, ao meu apreço, consoante
Dentro dela tu fosses.
E então com a fúria de nossa paixão,
Ela, agora nossa nau, muito mais pronta
A vencer moinhos, tormentas, batalhas cruentas,
A cruzar os mares,
Contornar périplos
E atingir enfim a façanha
do nosso Novo Mundo:
um mundo de sonhos e carícias
erguido a suor e sangue do meu, do nosso corpo.
E sendo então a nossa vida assim,
Mastrearia eu flâmulas
com tua face e nome.
À qual vivacidade o mundo em oceano nunca destoa
Meu leme, minha gávea, minha proa.

(Izak Dahora)

sexta-feira, 5 de março de 2010

um corpo que escorre

eu me interesso por muitas coisas:
signos, caras, cores, pessoas.
universos de contrários ou iguais,
tudo me instiga, provoca, ressoa
e tudo a isso me instiga, me impele.

sou movido a símbolos!
preciso sempre urgentemente de metáforas.

para ver se compreendo a vida pelo avesso,
para ver se criando climas, entre os climas e os clímaxs
percebo a vida no que há de poesia
contida nas pausas curtas e ligeiras do tempo

para ver se decifro-a,
simples e difícil,
melíflua
entre os dedos


(Izak Dahora)

Ponte-aérea do afeto.


Por ora ainda aniversaria o Rio de Janeiro, a semana é toda sua, pois que no último dia primeiro a "maravilhosa" chegou ao marco eloquente dos 445 anos - com corpinho de vinte, diga-se -, apesar de todos os atentados diários à sua santidade na tural e cultural.

Reverência minha não excessiva - cidade margeada de praias; paraíso balneário onde a democracia faz-se presente, sobre as suas areias e seus calçadões, pelo menos nos instantes de fuga do calor desumano que faz por aqui e desconhece classe social; cosmopolita; reduto permanente de significativa fatia da intelectualidade nacional (esta no mais das vezes boêmia e notívaga); tudo isso despertado por poetas não só da beira-mar como também pelos bambas "baixados" dos morros, terreiros e subúrbios -, esta cidade têm origem beata: São Sebastião do Rio de Janeiro. Quem diria, tão profana na "alma encantadora de suas ruas", como dissera um dia João do Rio, foi batizada, num janeiro qualquer dos mil e quinhentos, com o nome do francês que, soldado, contrariou as ordens do Imperador romano Diocleciano ao tratar de forma branda os cristãos, em vez de perseguí-los, o que lhe causou a morte a flechadas e, postumamente, por isso, o título de santo e protetor dos cristãos.

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Contudo, quero, há muito, me redimir de uma promessa um dia feita a mim mesmo e não cumprida: traduzir em algumas palavras a emoção que senti ao caminhar pela Avenida Paulista pela primeira vez. O leitor pode considerar inoportuna minha pequena invocação dos sortilégios paulistanos - quando ainda os deuses cariocas agitam em dionisíaca e interminável balada no monte olimpo-Pão de Açúcar da imaginação dos que escrevem exclusivamente sobre a cidade, que figura soberana na prosa sofisticada e elegante de Machado de Assis e , antes, recebeu a real corte portuguesa de Dom João VI, sendo sede do único império europeu fora da Europa.

Persistindo na heresia, São Paulo, centro da pujança econômica de uma letárgica América Latina da qual faz parte, mola propulsora que atrai todo o país para si, simbolizada na avenida que não dorme - caminhar por ela foi umas das grandes emoções da vida! Até então nunca tinha ido à Nova Iorque (nem fui!), mas acreditei, não sei por que, que devia ser parecido com aquilo: repleta de opções nos cartazes, iluminada, farta, a eloquência "concreta", elegante, austera e cinza de asfalto e arranha-céus... A São Paulo dos teatros de todas as estéticas e de todos os públicos presentes-pagantes (pelo menos mais que no Rio)...

Seus arredores tradicionais (Anhangabaú, Viaduto do Chá, Augusta, Praça Roosevelt, Ipiranga e São João – acho que entendi a emoção de Caetano! -, Largo de São Franciso, Sé, Ibirapuera...). Não, por São Sebastião!, era para eu citar aqui Ouvidor, Rio Branco, Paço, Passeio, Praça Mauá, Praça Onze, Lapa, Cinelândia, Candelária, Ipanema, Copacabana...
São Paulo de Piratininga: mais um local abençoado pela fé católica portuguesa e, em breve, brasileira. Em suas largas vias e avenidas poderia hoje Paulo de Tarso – Saulo antes da conversão - ressuscitar e, apóstolo, caminhar e difundir a teologia cristã. Da cidade Piratininga, que, segundo me consta é também nome de peixe, disse um "desconhecido" padre de horas vagas que, na verdade gostava mesmo era de brincar de dramaturgo como forma de catequese, José de Anchieta:

"A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo, e, por isso, a ele dedicamos nossa casa! "

"Nossa casa" São Paulo de Macunaíma, em que Mario de Andrade, movido por pesquisa e genialidade, captou sua essência e chamou de "cidade macota lambida pelo igarapé tietê", mesmo Tietê que hoje anda transbordante de água suja e de águas diluviais que parecem anunciar o fim do mundo. Tietê, que poderia retornar-se a si mesmo na História e chamar "Tininga" (seco, em tupi), onde já não tem mais "pira" (peixe, no mesmo dialeto). E "nossa casa" que Zé Celso Martinês Correa vislumbra no futuro chamar SamPã, terra signo do cosmopolitismo e palco constante de uma construção urbano-artística dionisíaca.

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Para terminar, retorno ao Rio e a Sebastião padroeiro, ambos um único corpo ainda aniversariante. E assim como a canção de Gil e Milton, a Sebastião, "diante de tua imagem tão castigada e tão bela", pela cidade do Rio de Janeiro, "peço que olhes por ela".

Esse município criado a partir da sua generosa baía-mãe, chão tão cobiçado pelas incursões de aventureiros e corsários, que por pouco não seguiu sede da França Antártica de Villegagnon e fez disso tudo uma outra epopéia - não sei se melhor ou pior - mas totalmente diferente com certeza. Uma cidade que, neste momento, tão combalida – irônico é o Destino - depende das alvíçaras de Copa do Mundo e de Olimpíadas.

São Sebastião, protegei o nosso Rio de Janeiro! E, se possível, nossa São Paulo também!


Izak Dahora

segunda-feira, 1 de março de 2010

Colecionador de saber!


Lamentando aqui a morte de José Mindlin. Num país que, segundo as estatísticas, lê-se pouco e sofre-se o infortúnio continuado da corrupção no poder - haja galho de "arruda" -, a pessoa humana de Mindlin só dignifica o Brasil. Que saibamos fazer bom uso de seu acervo pessoal doado à USP e que seu amor e sua dedicação aos livros nos sirva de inspiração todos os dias. Foi Monteiro Lobato quem disse que um país se faz de homens e livros.